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Meta lança óculos de realidade aumentada com IA em aposta para popularizar a tecnologia

Meta lança óculos de realidade aumentada com IA

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Meta lança óculos de realidade aumentada com IA

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A Meta deu um passo ousado no mercado de tecnologia ao anunciar o lançamento de seu novo modelo de óculos inteligentes com tela embutida. A novidade marca uma estratégia clara da empresa para disputar espaço com gigantes como Apple e Google e acelerar a popularização da realidade aumentada no cotidiano das pessoas. Batizado de Meta Ray-Ban Display, o dispositivo une inteligência artificial, gestos manuais e uma pulseira neural, oferecendo recursos que prometem transformar a forma como interagimos com o mundo digital.

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Os novos óculos foram apresentados como “o primeiro produto sério” da Meta no segmento, segundo Andrew Bosworth, diretor de tecnologia da empresa. O Meta Ray-Ban Display chega ao mercado norte-americano custando US$ 799, valor próximo ao de um smartphone premium, e traz uma tela discreta na lente direita.

Essa tela pode exibir mensagens de texto, chamadas de vídeo, mapas com direções passo a passo, fotos, legendas em tempo real e até mesmo respostas do assistente de inteligência artificial da Meta. O objetivo é simples: permitir que o usuário deixe o celular no bolso e utilize os óculos para acessar funções essenciais de forma rápida e prática.

Além da exibição de informações, os óculos também funcionam como um dispositivo multimídia. É possível controlar músicas, visualizar notificações e até compartilhar a própria visão em chamadas de vídeo.

Como funciona a pulseira neural e os gestos manuais

Um dos maiores diferenciais desse lançamento é o sistema de controle. Embora a armação ainda permita comandos por toques, a principal novidade está na Meta Neural Band, uma pulseira conectada ao pulso do usuário.

A pulseira interpreta sinais elétricos do corpo e possibilita gestos simples para interagir com os óculos. Entre os principais comandos estão:

  • Pinçar o polegar e o indicador para selecionar itens.
  • Deslizar o polegar sobre a mão para navegar em menus.
  • Tocar duas vezes o polegar para acionar o assistente de voz.
  • Girar a mão no ar para controlar o volume ou outros ajustes.

Esse sistema torna o uso mais natural e fluido, reduzindo a necessidade de depender exclusivamente de toques físicos na armação ou comandos de voz. Ainda este ano, a pulseira receberá uma atualização que permitirá escrever palavras no ar, aumentando ainda mais a versatilidade do acessório.

Recursos de tradução, chamadas e produtividade

Outro ponto de destaque dos óculos é a função de legendas automáticas, capaz de transcrever falas em tempo real, incluindo traduções. Isso abre um leque de possibilidades para quem viaja ou precisa se comunicar em diferentes idiomas.

As chamadas de vídeo também se tornam mais imersivas: o usuário pode visualizar a pessoa com quem fala enquanto compartilha a própria perspectiva. Além disso, mensagens de texto podem ser respondidas por áudio ou por ditado.

Esse tipo de recurso mostra como a Meta busca transformar os óculos em uma extensão do smartphone, tornando-os indispensáveis para tarefas rápidas do dia a dia.

Design, bateria e especificações técnicas

O Meta Ray-Ban Display estará disponível em dois tamanhos e duas cores: preto clássico e um marrom chamado sand. A venda será feita inicialmente em lojas físicas selecionadas, como Ray-Ban, Best Buy e Verizon, além da própria Lenscrafters.

No quesito técnico, a tela oferece campo de visão de 20 graus e resolução de 600 x 600 pixels, com brilho que varia entre 30 e 5.000 nits. Isso garante boa visibilidade em ambientes externos, ainda que sob luz solar intensa o desempenho possa ser limitado.

A câmera embutida tem 12 megapixels, grava em 1080p e oferece seis horas de autonomia por carga, com o estojo fornecendo até quatro recargas extras. A pulseira neural, por sua vez, chega com bateria de 18 horas e será vendida em três tamanhos diferentes.

Parceria com a Ray-Ban e preço competitivo

Um dos pontos centrais para a estratégia da Meta foi a parceria com a Ray-Ban, marca da EssilorLuxottica. Inicialmente, a empresa de óculos teria hesitado em associar seu nome ao modelo com tela, mas após ajustes de design e tecnologia, aceitou o desafio.

O preço de US$ 799 pode parecer alto, mas fica próximo ao de smartphones topo de linha, o que indica que a Meta aposta em conquistar consumidores dispostos a investir em inovação de ponta.

Modelos sem tela também foram lançados

Além do modelo principal, a Meta anunciou versões atualizadas dos óculos Ray-Ban inteligentes sem tela e a linha esportiva Meta Oakley Vanguard.

Os novos Ray-Ban vêm com gravação em 3K, maior duração de bateria e preço de US$ 379. Já os Oakley Vanguard oferecem design esportivo, câmera centralizada, resistência à água e modos avançados de gravação, incluindo câmera lenta e lapso de tempo.

Essa estratégia mostra que a Meta busca alcançar diferentes públicos: do usuário comum que deseja mais praticidade ao entusiasta de esportes que precisa de durabilidade e desempenho.

Potencial de mercado e próximos passos da Meta

A Meta está investindo pesado para transformar os óculos inteligentes em uma tendência de mercado. Segundo a empresa, mais de 100 mil unidades devem ser vendidas até o fim do próximo ano, consolidando o produto como o mais acessível até hoje em sua categoria.

O objetivo final é evoluir para óculos de realidade aumentada completos até 2027, capazes de projetar conteúdo interativo nas duas lentes. Nesse cenário, a Meta quer construir um ecossistema próprio de hardware, software e serviços que rivalize diretamente com Apple, Google e Samsung.

Além disso, a empresa estuda futuros modelos com conectividade celular, novas telas binoculares e até mesmo uma loja de aplicativos dedicada. Também já há pesquisas avançadas em relógios inteligentes e até em lentes de contato com tecnologia de realidade aumentada.

Conclusão: a aposta da Meta no futuro da tecnologia vestível

O lançamento do Meta Ray-Ban Display representa muito mais do que um novo produto. É uma clara tentativa de transformar os óculos de realidade aumentada com IA da Meta em um item de desejo para o consumidor comum, e não apenas para entusiastas de tecnologia.

Combinando design, recursos práticos e integração com serviços digitais, a empresa acredita que está no caminho certo para popularizar a realidade aumentada. Se a estratégia dará certo, dependerá da aceitação do público, do preço competitivo e da capacidade da Meta de manter o ritmo de inovação frente a concorrentes de peso.

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