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IA Substitui Pessoas: Inteligência Artificial Demissões Atingem Milhares em Três Gigantes Globais

Inteligência Artificial Demissões

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Inteligência Artificial Demissões

O receio de que a Inteligência Artificial (IA) substituiria empregos já não é uma projeção futurista, mas uma realidade corporativa em andamento. Desde o boom do ChatGPT, no final de 2022, milhares de postos de trabalho foram extintos em gigantes globais que buscam “eficiência” e “digitalização” como justificativa.

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A adoção da IA está a provocar cortes significativos e rápidos em setores como tecnologia, consultoria e serviços. Empresas como Lufthansa, Salesforce e Accenture não apenas utilizam a IA para complementar o trabalho humano, mas sim para eliminar funções inteiras, especialmente aquelas de natureza administrativa e de suporte.

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O Fenómeno do ‘Substituição por Eficiência’

O avanço da IA Generativa permitiu que as empresas automatizassem tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, resultando numa reformulação radical do quadro de funcionários. O foco está agora em manter apenas colaboradores com competências digitais avançadas e funções estratégicas.

Caso Lufthansa: Redução Estratégica na Área Administrativa

A gigante aérea alemã Lufthansa anunciou planos ambiciosos para reduzir 4 mil postos de trabalho a nível global até 2030, concentrando os cortes em cargos administrativos na Alemanha. A medida é justificada como parte de uma estratégia de aumentar a eficiência e eliminar atividades duplicadas através da digitalização e do uso intensificado de IA em processos internos e de gestão.

Caso Salesforce: A Lógica do Agentforce no Suporte

A Salesforce, líder em soluções de gestão de relacionamento com o cliente (CRM), demonstrou como a IA pode atingir o suporte ao cliente. A empresa cortou 4 mil funcionários da sua área de suporte, com o CEO, Marc Benioff, a creditar a redução ao “Agentforce”, um projeto de atendimento ao cliente baseado em IA. Benioff afirmou que o novo sistema responde por até 50% do trabalho de suporte da companhia.

O Impacto das Inteligência Artificial Demissões em Números

O fenómeno de substituição não está limitado a empresas específicas; é uma tendência de mercado. Dados de consultoria indicam que a expansão da IA Generativa foi responsável por mais de 10 mil cortes de emprego nos primeiros sete meses de 2025, totalizando mais de 27 mil demissões atribuídas diretamente à IA desde 2023.

O Alerta da Accenture: Não Adaptação e Reestruturação

A consultoria Accenture, um barómetro do setor de serviços, foi um dos exemplos mais contundentes, ao cortar mais de 11 mil vagas num período recente. A empresa investiu centenas de milhões de dólares em reestruturação e alerta para novas ondas de demissões entre funcionários que não consigam adaptar-se rapidamente à era digital. Curiosamente, enquanto corta postos tradicionais, a sua equipa focada em IA duplicou de tamanho em dois anos, sublinhando a migração do talento.

A Expansão Silenciosa: Cortes Totais desde 2023

A contagem de mais de 27 mil postos de trabalho perdidos não captura o quadro completo da substituição silenciosa. Muitas empresas optam por não preencher vagas deixadas em aberto (congelamento de contratações) ou redefinir funções, transferindo tarefas para sistemas autónomos em vez de contratar. O investimento está a migrar do custo de mão-de-obra para o custo de capital (software e infraestrutura de IA).

A Mudança no Perfil Profissional

A IA está a eliminar a necessidade de trabalhadores em tarefas rotineiras de processamento de dados, tradução, atendimento básico ao cliente e algumas funções de engenharia de software de nível júnior. O novo perfil profissional exige competências como: prompt engineering, análise crítica de dados gerados por IA, pensamento estratégico e gestão de projetos de automação. A função de verificar a “saída” da máquina (auditoria de IA) está a tornar-se mais valiosa do que a de gerar a “entrada” manual.

Estratégias para Manter a Relevância

Para evitar a obsolescência profissional, os trabalhadores precisam de desenvolver uma mentalidade de adaptabilidade contínua. O investimento em reskilling (requalificação) e upskilling (melhoria de competências) em áreas como ciência de dados, machine learning e cibersegurança é crucial. No futuro próximo, o profissional mais valioso será aquele que souber gerir a IA, e não o que compete contra ela.

Conclusão

A Inteligência Artificial Demissões é uma realidade que está a redesenhar o panorama corporativo global, movida pela busca incessante por eficiência. Os cortes na Lufthansa, Salesforce e Accenture são exemplos claros de que a automação não é um risco distante, mas um fator de reestruturação do capital humano. As empresas que não investirem em tecnologias de IA para automatizar funções perderão competitividade, e os profissionais que não se adaptarem às novas ferramentas correm o risco de ver as suas funções serem integralmente substituídas. O futuro do trabalho é a gestão eficiente entre homem e máquina.

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