Economia

Dólar sobe para R$ 5,52 após alta da Selic e tensões no Oriente Médio: o impacto na economia brasileira

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Na sexta-feira, 20 de junho de 2025, o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,52, uma alta de 0,45% em relação ao fechamento anterior. Essa valorização foi impulsionada por dois fatores principais: a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 15% ao ano — o maior patamar desde 2006 — e a escalada do conflito entre Israel e Irã, que aumentou a aversão ao risco nos mercados financeiros. Essa combinação gerou um cenário de incerteza que impactou diretamente o câmbio no Brasil.

O impacto da alta da Selic no câmbio e na economia

A alta da Selic tem como objetivo controlar a inflação, tornando os investimentos em renda fixa no Brasil mais atrativos para investidores estrangeiros, o que normalmente valoriza o real. No entanto, a pressão externa provocada pelas tensões no Oriente Médio foi mais forte, fazendo o dólar subir mesmo com juros elevados. Além disso, o aumento da Selic encarece o crédito, elevando o custo de financiamentos, empréstimos e cartões, o que pode frear o consumo e o crescimento econômico, já que consumidores e empresas tendem a adiar gastos e investimentos.

Tensões no Oriente Médio e seus efeitos no mercado financeiro brasileiro

O conflito iniciado em junho de 2025, com ataques israelenses a instalações nucleares iranianas e retaliações do Irã, provocou grande instabilidade geopolítica. Isso fez subir o preço do petróleo no mercado internacional, já que a região é estratégica para a produção e transporte da commodity. O aumento dos preços do petróleo impacta os custos globais de produção e transporte, afetando também o Brasil. Em resposta, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 1,15%, fechando aos 137.116 pontos. O cenário de juros altos e instabilidade externa reduziu o apetite por risco, causando menor liquidez e maior volatilidade no mercado.

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Perspectivas para o futuro próximo

O Banco Central já indicou que a taxa Selic deverá permanecer elevada por algum tempo, com o objetivo de controlar a inflação, que ainda está acima da meta. Contudo, essa política pode prejudicar o crescimento econômico e manter o custo do crédito alto para consumidores e empresas. No cenário externo, a continuidade das tensões no Oriente Médio deve manter a volatilidade dos preços do petróleo e a aversão ao risco dos investidores, mantendo o dólar valorizado e afetando o mercado financeiro brasileiro.

Como proteger suas finanças em momentos de volatilidade

Para minimizar os impactos, é fundamental que consumidores e investidores adotem estratégias adequadas: diversificar investimentos, acompanhar as decisões do Banco Central e o cenário internacional, evitar endividamentos desnecessários e planejar os gastos, sobretudo os que dependem de crédito. Além disso, manter uma reserva de emergência em aplicações líquidas é crucial para enfrentar períodos de volatilidade.

Considerações finais

A alta do dólar para R$ 5,52, combinada à alta da Selic e às tensões no Oriente Médio, mostra um momento delicado para o Brasil. A volatilidade cambial, o custo elevado do crédito e as incertezas globais exigem atenção. Informação e planejamento são essenciais para atravessar essa fase.

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